A lei de Kia é o seu
próprio árbitro, além da necessidade, quem
poderá apreender a inominável Kia? Óbvio mas
ininteligível, sem forma, seu design é o mais
perfeito. Seu desejo é a superabundância, quem poderá
afirmar seu misterioso propósito? Através de nosso
conhecimento ela torna-se mais obscura, mais remota, e nossa fé
- opacidade. Sem atributos, não conheço o
seu nome. Quão
livre ela é, não tem necessidade de soberania (Reinos
são seus próprios ladrões.) Sem linhagem, quem
ousará reclamar parentesco? Sem virtude, quão agradável
é em seu amor próprio moral. Quão poderosa ela é
em sua afirmação de "
Não
precisa ser - não importa"! Amor próprio em
completa perspectiva, serve ao seu próprio e invencível
propósito de êxtase. Alegria suprema simulando oposição
e o seu equilíbrio. Ele não sofre dor, nem ele se fatiga. Ela
não e auto atrativa e independente? Seguramente não
poderemos chamar a isto de equilíbrio.
Poderemos nós nada além
de imitarmos a sua lei, toda a criação sem comando se
uniria e serviria a nosso propósito em prazer e harmonia. Kia
transcendendo a concepção, é imutável e
inesgotável, não há a necessidade de iluminação
para vê-la. Se abrimos as nossas bocas para falar dela, não
é dela mas de nossa dualidade; que seja poderosa em sua
simplicidade primordial. Kia sem conceber, produz seus encontros como
a plenitude da criação. Sem afirmação, a
mais poderosa das energias, sem insignificância ela poderá
se parecer a menor dentre todas as coisas. Sem distinção,
ela não tem favoritismos, mas nutre a si mesma. No medo toda a
criação, a reverência, mas não exalta a
sua moral, de modo que tudo morre não formosamente.
Favorecemos a nós mesmos com o poder que concebemos dela, e
ela age como uma mestra, nunca a causa da emancipação.
Assim para sempre do "Eu" devo eu amoldar Kia, sem
semelhança, mas com o que pode ser tido como a verdade. Desta
consulta nasce a escravidão, não é pela
inteligência que nos livraremos. A lei de Kia é sempre
propósito original, indeterminado, sem mudança de
emanações, através de nossa concepção
elas se materializam e são de dualidade, o homem toma as suas
leis desta refração, suas ideias ’realidade’.
Com o que ele equilibra seu
êxtase? Medida por medida de intensa dor, tristeza, e
desgostos. Com o que faz a sua rebelião? Com a necessidade de
escravidão. Dualidade é a lei, realização
através do sofrimento, relaciona-se e opõe-se através
de unidades de tempo. Êxtase por qualquer período de
tempo é difícil de se obter, e tem que ser muito
trabalhado.
Vários graus de desgosto
alternando com rajadas de prazer e emoções menos
ansiosas, pareceriam ser a condição da consciência
e existência. Dualidade de uma forma ou outra e consciência
enquanto existência. E a ilusão do tempo, tamanho,
entidade e o limite do mundo. O princípio dual e a
quintessência de toda a experiência, nenhuma ramificação
aumentou sua simplicidade primordial, mas e somente a sua repetição,
modificação ou complexidade, nunca a sua
evolução completa. Não posso ir além do
que a experiência do eu assim retorna e une novamente e
novamente, sempre em um anticlímax. Pois sempre retroceder a
simplicidade original através de infinitas complicações
é a sua evolução. Nenhum homem entendera
o "Porquê" através de suas obras. Conhecer isto
é a ilusão que abraça todo o saber da
existência. O homem mais velho que não pode tornar-se
mais sábio, e pode ser tido como a mãe de todas a
coisas. Portanto acredite que toda a experiência é
ilusão, e a lei da dualidade. Assim como o espaço
invade um objeto dentro e fora, similarmente interiormente e além
deste sempre mutante cosmos, há o principio não
secundário.
*1 Sobre este "Eu". Toda
a concepção é o princípio dual, a lei que
é a condição.
*2 O princípio sexual não
modificado refratado através do princípio dual emana
uma infinita variedade de emoções ou sexualidades, que
podem ser chamadas de suas ramificações. Nenhuma Coisa
Nem Outra ou a Sexualidade não modificada. Princípio
Dual.
Modificações
Por motivos de encarnações, nosso
"eu" eventual é derivado dos atributos com os quais
dotamos o nosso Deus, o Ego abstrato ou principio conceptivo. Toda a
concepção é uma negação de Kia, dai nós
sermos sua oposição, nosso próprio mal. A cria e
rir de nós mesmos. Somos o conflito do que negamos e afirmamos a
respeito de Kia. Seria como se não pudéssemos ser muito
cuidadosos em nossa escolha pois ela determina o corpo que habitamos.
(Spare,Austin Osman - 1914)
Fonte de pesquisa - Morte Súbita Inc.
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