A Alquimia é uma prática ancestral, a antiga química
exercitada na Era Medieval.
Ela une em seu amplo espectro cognitivo
noções de química, física, astrologia, arte, metalurgia, medicina, misticismo e religião.
A crença mais difundida é a de que os alquimistas buscam encontrar na Pedra Filosofal, mítica substância, o poder de transformar tudo em ouro e, mais ainda, de proporcionar a quem a encontrar, a vida eterna e a cura de todos os males.
Segundo os pesquisadores, porém, a Alquimia vai além.
Suas metas
têm um valor simbólico, o que significa que na verdade seus praticantes
visam algo maior – a transmutação espiritual.
Assim sendo, o famoso
Elixir da Longa Vida nada mais seria que um recurso próprio do organismo
humano, capaz
de conceder àqueles que realizam o longo processo de purificação
espiritual uma vida dilatada ao infinito.
Afirma-se que esta substância é
também um ponto importante na filosofia da Yoga
Os alquimistas procuravam intensificar a busca deste Elixir
através de experiências laboratoriais que utilizavam os quatro
elementos, essenciais nos trabalhos
alquímicos: fogo, água, terra e ar.
Na observação extrema da Natureza e
de seus componentes, os alquimistas alcançaram conhecimentos muito
importantes, alguns deles só recentemente retomados pela Física Quântica, como a evidência de que todas as coisas se encontram
interconectadas no Cosmos.
Esta visão holística contribuiu muito para
as curas realizadas pelo médico suíço Philippus Paracelsus, que em sua
missão de curador partia deste ponto de vista.
Ele acreditava que
substâncias como o sal, o mercúrio e o enxofre permeiam todos os seres vivos, até mesmo o organismo humano..
Atualmente, esta mesma crença é resgatada pela Antroposofia, corrente espiritualista que também compara conceitos da Alquimia com forças ativas da alma – o pensamento corresponderia ao sal; o sentimento ao mercúrio e o desejo ao enxofre.
Atualmente, esta mesma crença é resgatada pela Antroposofia, corrente espiritualista que também compara conceitos da Alquimia com forças ativas da alma – o pensamento corresponderia ao sal; o sentimento ao mercúrio e o desejo ao enxofre.
Alguns de seus pensadores vêem o ouro
perseguido pelos alquimistas como uma representação do ‘self’, a
essência humana.
Embora a Alquimia não seja atualmente considerada uma Ciência, tal
como o conhecimento científico é hoje concebido, e sim uma visão
espiritual mais preocupada com antigas tradições do que com a descoberta
de novidades, ela é considerada uma ancestral da Química moderna e da
própria Medicina.
Além das experiências químicas de que se ocupavam os
alquimistas, havia a constante preocupação com a realização de uma série
de ritos.
A Alquimia lidava igualmente com alguns pontos da Cabala e da Magia,
além de cultivar uma filosofia hermética.
Da teoria cabalística a
Alquimia herdou a busca da harmonia dos contrários.
A Pedra Filosofal
poderia ser, portanto, a procura da perfeição, que não poderia ser
alcançada sem o equilíbrio entre as polaridades de que o Homem se
reveste.
Portanto, a manipulação dos metais
seria um símbolo da metamorfose espiritual pela qual passa cada um dos
seres vivos.
Mas muitas são as interpretações dos textos alquímicos, e
até hoje não se chegou a um consenso sobre o real significado dos
símbolos da Alquimia.
Imagem by Google - Texto > Ana Lucia Santana
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