1. Tendo terminado meu estudo desta parte da Sagrada Cabala que concerne
às Dez Sephiroth na Árvore da Vida, não posso dizer outras palavras
senão estas: "Fizemos tão pouco . . . E quanto resta por fazer1".
2.
Espero que este livro suscite a publicação de outras obras. Os Vinte a
Dois Caminhos formam um sistema de psicologia mística concernente às
relações entre a alma humana e o universo. Assim como as Dez Sephiroth,
que dizem respeito ao macrocosmo, sáo a chave da iluminação, também os
Vinte a Dois Caminhos, que dizem respeito às relações entre macrocosmo e
microcosmo, sáo a chave da adivinhação; e a adivinhação, tomada em seu
sentido verdadeiro, é diagnose espiritual, algo muito diferente da
cartomancia.
3. Ás Esferas dos deuses na Árvore representam uma
questão de profundo interesse a imediata aplicação prática, pois elas
dão a chave dos ritos que foram executados como meio - e meio efetivo,
sublinhamos -, de entrar em contato com as diferentes forças
personalizadas sob os nomes dos deuses a de equilibrá-las.
4. Todas
essas coisas, contudo, requerem um conhecimento detalhado, a este só
pode ser alcançado gradualmente. Eis uma tarefa que está além das forças
de um único autor, a eu receberia com prazer a correspondência daqueles
que estão interessados nesses assuntos, não como estudo da Antigüidade,
mas como forças vivas que dizem respeito aos assuntos a ao coração do
homem.
5. Tudo que nos restou do cerimonial no Ocidente está nas mãos
da Igreja, dos maçons a dos exploradores de cabaré. Os três são
efetivos em seu gênero: a Igreja invocando o amor de Deus; a Maçonaria
invocando o amor do homem; e o cabaré invocando o amor das mulheres.
6.
Visto como meio de invocar o espírito de Deus, o cerimonial não passa
de superstição; mas, visto como meio de invocar o espírito do homem, é
psicologia pura, e é assim que eu o vejo. Trata-se de uma arte perdida
no Ocidente, mas uma arte que valeria a pena reviver.
7. Nestas
páginas, ministrei a base filosófica do que resta dessa arte. Sua
aplicação prática depende não apenas do conhecimento técnico, mas do
desenvolvimento de certos poderes da mente pelo treinamento cuidadoso e
prolongado, sendo o primeiro desses poderes o poder da concentração, e o
segundo, o poder da imaginação visual. No que respeita ao poder da
imaginação visual, nós, ocidentais, nos encontramos numa lamentável
ignorância. Coué não cumpriu sua missão ao buscar na atenção prolongada
um substituto da emoção espontânea.
[Imagem by Google]
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